segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Uma noite de desejos...

Estava frio, porém podíamos sentir o fervor do álcool a percorrer o nosso sangue. Convidaste-me para um filme. Adormeci. Não sei o que aconteceu durante o meu sono... Custa-me a acreditar, por ser demasiado bom, que o fizeste a pensar em mim.
Acordei com o teu braço à volta da minha cintura, os teus lábios quase a tocarem os meus, a tua respiração a percorrer a minha cara... E misteriosamente, a minha mão acariciava a tua face esquerda.
Mil pensamentos percorreram a minha mente enquanto te aproximavas cada vez mais. Sentia o sangue a ferver e a subir até ao cérebro, o meu coração batia cada vez mais forte, sentia borboletas no meu estômago e, pouco-a-pouco, a minha mente ia abandonando o meu corpo, deixando-o completamente vulnerável à tentação, incapaz de resistir.
Com um beijo, corpo e mente juntaram-se de repente, trazendo-me de volta à realidade. Nesse momento tomei consciência do significado do que tinha feito. Senti-me assustada, estava a traír os meus princípios! Mas o desejo que me provocaste estava incontrolável e mais forte do que a minha conciência... Rendi-me a ti num beijo quente e envolvente. Sim, naquela noite estivemos em sintonia!
Os nossos corpos tocaram-se, os nossos lábios colaram-se, os nossos pensamentos voaram...

Amanheceu. Conversámos. Adormecemos. Passei a tarde a pensar no que tinha acontecido, verdadeiramente apavorada por sentir felicidade e vontade de o repetir em vez de culpa e arrependimento.

Mas ninguém é perfeito. Muito menos eu.

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