quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Escrevi isto entre ontem e hoje:

"Estou na aula. Não aguento mais guerdar isto para mim, preciso de contar, preciso que alguém me ouça e me responda! Mas ao mesmo tempo tenho medo que se houver mais uma pessoa a saber tudo descarrile... Já estava para escrever há algum tempo mas estava sem coragem, acho.

Há uns dias fui com o Carlos à praia. Estava uma noite quente, um pouco abafada pelas núvens que não queriam mostrar as estrelas. Conversámos dentro do carro, como sempre, e bebemos uma garrafa de vinho que ele levou. As férias abstémicas fizeram com que ficássemos logo "alegres" e fomos até ao
finzinho da areia. O cheiro da maresia deixou-me tão calma! Ele sentou-se atrás de mim e abraçou-me. Estava tudo perfeito, não me permiti pensar no que poderia significar isso... Deu-me um beijo nos cabelos e encostou a sua face à minha, mas começou a chover e tivémos de voltar para dentro do carro. Pelo caminho agarrou-me na cintura e deu-me um beijo nos lábios... Consegui sussurrar um "não" mas não o consegui afastar! Sentir de novo os lábios daquele que amei junto aos meus deixou-me a tremer e incapaz de reagir, trouxe de volta aquelas recordações que estavam quase esquecidas... No carro lutei contra o desejo e mantive uma "distância de segurança" sem nunca deixar que a conversa acabasse porque o silêncio podia ser a deixa. O álcool dificultou bastante esta tarefa mas tinha de resistir! Não podia ceder à tentação de o agarrar como antigamente, de me entregar sem pensar em mais nada como fazíamos... Ele conhece-me, conhece as minhas expressões e sabe como falo das mesmas coisas quando estou nervosa. Ele percebeu que eu sentia o mesmo desejo que ele e isso deu-lhe o que precisava para se aproximar o suficiente para me deixar completamente sem defesas. Não consegui resistir. Beijámo-nos até de manhã e pareceram 10 minutos...

Com o Melo foi só o álcool a controlar-me, mas eu e o Carlos temos um passado muito intenso juntos e nunca tivémos uma despedida. Este passado ficou muito mais vivo com a ajuda do vinho...

Sinto-me culpada. Não consigo esquecer o que vivi com o Carlos e nesta noite não resisti... Estivemos juntos a noite toda mas nem sei quando é que o efeito do álcool passou! O desejo, a paixão que senti no primeiro beijo que demos no carro continuou forte ate eu chegar a casa..."

Não sei se foi a despedida que dizíamos precisar... Já tivémos tempo suficiente para esquecer e nenhum de nós o fez...

sábado, 13 de setembro de 2008

(M)eus

Na semana passada voltei a Coimbra. Tive exames de Setembro e resolvi ficar lá a semana toda. O Melo fez anos na terça e só lhe consegui dar os parabéns por telefone. Uma chamada conjunta em que só consegui dizer "parabéns". Fiquei nervosa só de ouvir a voz dele, a ideia de o ver deixa o meu coração aos pulos... Não que esteja apaixonada, mas é o stress da antecipação! Não sei explicar mas de certeza que não sou a única no mundo a sentir estas coisas estranhas...

Na próxima semana tenho de ir à minha antiga casa porque esqueci-me de lá deixar uns recibos de contas. Tenho medo de o ver lá e ao mesmo tempo sinto necessidade de conversar com ele, de ver os seus lábios a mexer, de ver aqueles olhos a brilhar, aquelas expressões de menino traquina...

Não sei... Sinto falta de coisas que vivemos que me deixaram um sentimento de culpa enorme... Tenho o coração pesado todos os dias por causa do que fiz ao Manuel e no entanto acho que se voltasse atras continuava sem dizer que não aos carinhos do Melo... O meu amigo que estava ao meu lado quando eu mais precisava, que me animava cada vez que o Manuel quebrava a promessa de ir ter comigo...

Ando triste por causa de tudo isto e não posso desabafar a sério com ninguém... Estou farta de contar só partes da mesma história!!

As férias 2

Acabei por não falar das minhas férias com o Manuel. Foram boas, senti-me ligada a ele como antes... Secalhar até mais!! Houve sexo, não, fizémos amor várias vezes ao dia. Experimentámos novas posições e estivémos perfeitamente sintonizados... Foi bom... Nunca tive este nível de intimidade com ninguém e é tão bom quanto assustador!

Há uns tempos partiu uma perna. Estive 2 dias seguidos a tomar conta dele, logo a seguir à queda, porque estava com gesso e não podia sair da cama durante esse tempo... Também não me importei! Senti-me quase casada a dizer "na saúde e na doença, na alegria e na tristeza"... Assusta, não? Principalmente quando as memórias do Melo estão cada vez mais vivas no meu pensamento...

Bem, vou fazer outro post... Para os outros assuntos que esses é que me atormentam agora...