sábado, 1 de dezembro de 2007

O início

Porque hoje acordei e não sabia de quem tinha saudades.
Do Manuel.
Do Carlos.
Do Melo (sim, é aquele sentimento puramente físico e que me está a dar cabo dos últimos miolos que ainda tenho).

Não estou bem. Mas vou contar o que se passa.
E pela primeira vez vou ser completamente sincera.


Em Março de 2006 comecei a encontrar-me com o Carlos. Conhecemo-nos num convívio no Verão anterior e desde aí que havia faísca. Era uma relação sem compromisso assumido (ele ainda não tinha esquecido completamente e ex e para mim estava bom assim) mas nem eu nem ele nos envolvemos com outro alguém...
Durante 5 meses corria tudo bem: os meus pais não desconfiavam(eu tinha 16 e ele 21), para os meus amigos eu tinha um namorado que me fazia feliz, e nós estávamos melhor que nunca! Víamo-nos todos os sábados, íamos à praia, havia conversas, beijos, carícias... Cheguei a vir (sim, agora é "vir") ter com ele a Coimbra com a desculpa(mais que conhecida) que ia dormir a casa de uma amiga e perdi a 1ª aula do dia seguinte. Ele era tudo para mim mas nunca tinha pensado bem nisto desta maneira... Foi com ele a minha 1ª vez...
Em Agosto (2006), quando estava de férias na aldeia, notei que ele estava diferente. Uma rapariga disse-lhe que gostava dele e durante uns dias ele ficou sem saber o que fazer. Isto deitou-me mesmo abaixo mas quando ele me escolheu em vez dela ficou tudo mais-que-perfeito por saber que afinal significava alguma coisa mas ao mesmo tempo fiquei fragilizada porque sem me aperceber apaixonei-me por ele e não podia pedir uma relação!
Numa saída de grupo tive uma grande conversa com o Manuel sobre...nada! E soube-me tão bem! Nessa altura percebi que não valia a pena estara perder tempo numa "relação" que só me estava a fazer mal mas continuava sem coragem para acabar tudo... Tinha medo de estar sem o Carlos...
Eu e o Manuel fomos falando cada vez mais e eu percebi que ele se apaixonou por mim. Eu sentia alguma coisa por ele e sabia que não era amor, mas tinha esperança que me apaixonasse por ele. Com o coração apertado mandei uma sms ao Carlos a dizer que era melhor não nos vermos mais e pedi o Manuel em namoro. Eu queria aprender as coisas com calma e com ele isso ia acontecer! Nesse dia fiquei com a certeza que tudo ia ser melhor! Víamo-nos todos os dias, ele gostava mesmo de mim e sim, eu também gostava dele (duma maneira que eu ainda não tinha percebido o que era mas não quis desperidiçar uma hipótese mais fácil e possível de ser feliz!)e ele era o único(mesmo sem saber) que me podia ajudar a deixar de fumar e voltar a ser quem eu era! Menti-lhe, disse-lhe que era virgem. Saíu-me derrepente mas não tive coragem para corrigir...
Apaixonei-me a sério por ele. Ele é a minha vida, a minha razão de existir.

Não falava com o Carlos há 8 meses mas voltámos a falar por sms's. Era bom falar com ele porque ele conhecía-me, não estava ao pé de mim e também (sim, também) estava com problemas com a namorada. Eu estava cheia de dúvidas porque o Manuel andava muito afastado de mim, nao me ligava nenhuma, o Carlos dava-me mais atenção que ele! Candidatei-me a Coimbra como 1ª opção.
Um dia voltei à praia com o Carlos. Falámos durante duas horas sem nos olharmos sobre o que estávamos a passar até que voltámos para o carro e ele me perguntou o que se tinha passado para eu acabar tudo tão derrepente. Eu senti o coração acelerado e disse que estava apaixonada por ele e "sabia" que o sentimento não era mútuo. Disse também que tenho noção que foi uma perfeita estupidez não ter ido falar com ele, mas como mais ninguém sabia da história, ninguém me "puxou as orelhas". Vi na sua cara a tristeza que lhe deixei no coração naquele Outubro e senti uma enorme vontade de voltar atrás! Mas isso não era possível e agora ambos tínhamos alguém e eu era (e sou) incapaz de trair. Foi a despedida mais difícil...
Entretanto soube que tinha entrado na UC, arranjei casa e por qui fiquei. Por momentos pensei que era o fim entre mim e o Manuel, por estar tão perto do Carlos, mas bastou passar a 1ª semana para eu perceber que queria que fosse para sempre.
Agora que o entusiasmo passou estou mesmo dividida! Eu quero viver a vida universitária como sonhei! E assim não posso... Cada dia que passa sei menos o que quero! Se o Manuel estivesse aqui também era tudo mais fácil! Já não sei se o amo para sempre... Quando estou com ele sim! Ele é tudo para mim, sinto-o comigo. Mas quando estou em Coimbra e ele em Viseu é tudo diferente... Apareceu o Melo que, sem se aperceber, está a fazer-me pensar que secalhar não me quero casar já, quero arranjar curtes na discoteca, quero sair e fazer asneiras, quero embebedar-me até cair para o lado...
Já não sei o que fazer... Tenho a mania de ter medo do que realmente quero nestas coisas e agora a minha cabeça diz uma coisa e o meu coração diz outra. O problema é que ainda não consegui decifrar o que é que cada um diz.

Vou não jantar. Quero voltar a ser anorética controlada. (sim, já o fui mas como em tudo o que não é suposto, controlei-me)

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